Duca Leindecker.
Sem dúvidas.
Lembro-me que quando eu era criança eu não gostava de cidadão quem.
Na verdade eu não conhecia muitas músicas. Mas eu era criança né.
Minha turma da escola foi a única escolhida para um workshop do
livro "A casa da esquina". Isso foi no ano de 2002. Eu tinha quase 12
anos. Lembro que a palestra dele foi o máximo. Foi em um clube no centro de
Sapiranga. Sentamos em almofadas no chão e ele em um banquinho estilo bar. Ele
falou bastante sobre o livro e como ele projetou a realidade dele na juventude
da época.
Foi algo que eu precisava ouvir, mesmo não querendo. No final ele disse:
vamos então tocar pelo menos uma música.
Eu estava na primeira fileira e virei os olhos pois "não
gostava".
Quando ele disse: eu vou cantar agora uma música que eu fiz pro meu
irmão Adriano.
Isso me chamou atenção. Senti humanidade nele. Que até então eu não
tinha visto. Acredito que por causa de orgulho. Ele então tocou
"pinhal" claro. E foi algo magnífico. Eu ainda não tinha ouvido ela.
A letra era linda, a melodia também, e o melhor foi a expressão no rosto do
Duca. Uma expressão de sinceridade sobre o que se está cantando. Algo que saía
do coração. Depois claro que eu fui falar com ele. E disse que eu não gostava
dele até aquele momento. Ele sorriu e disse que ficava feliz por eu estar
abrindo o coração e deixando preconceitos para trás. Já falei com ele várias
vezes sobre esta situação, Ele sempre me ensina algo a mais, e ainda por cima
diz que quem está aprendendo é Ele.
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